momento II
13 DE OUTUBRO - 12 DE NOVEMBRO 2023
Importa mais o que dizemos ou o que fazemos?
Que relevância tem um texto “sobre” o TdI, face ao nosso “programa” para esta edição?
Para nós, as peças que apresentamos, falam mais alto. Cada uma delas tem uma voz, resultado de um afinco e investimento valioso, que só aparece como consequência de uma notável determinação, de um risco partilhado, indexado a desígnios diversos, nunca confortáveis, nunca resignados.
Clarificando: as obras apresentadas no TdI não são viabilizadas pelo investimento financeiro deste nosso festival. Elas só chegam ao público porque há um grande (enorme) conluio de vontades para as tornar possíveis: desde logo na vontade e investimento de quem as propõe - artistas e suas equipas – que, reconhecendo um percurso e missão já com 20 anos de caminho, nos apresentam as suas propostas.
Depois, cientes de que propomos um festival que apresenta sobretudo peças (independentemente de temas pré-estabelecidos ou expectativas/preconceitos face às carreiras predecessoras dos autores e seus desígnios), e uma vez que trabalhamos com financiamento público, preocupamo-nos em esclarecer o nosso domínio.
Cada vez mais nos afirmamos como um festival que incide sobre o cruzamento entre Arte ao Vivo - pressupondo um encontro entre os objectos artísticos e os públicos num tempo e espaço partilhados - e as questões em torno da Imagem [latu sensu].
Não pretendemos definir temas, agendas ou concordâncias.
Pretendemos, isso sim, ter as portas abertas para aquilo que interessa aos artistas como objecto de trabalho. Pretendemos defender a diversidade e o contraditório, pretendemos contribuir para defender o risco e a experimentação, o inusitado e alternativa.
Pretendemos viabilizar o que de outra maneira não seria viabilizado, e trabalhamos para que isso gere interesse, provoque o encontro entre aquilo que os artistas propõem e os públicos da capital deste país.
Temos a perfeita noção de que a nossa proposta não é só nossa: ela só existe porque é partilhada. Nós não temos um espaço de apresentação: nós apresentamos aquilo que outros querem apresentar connosco. Sejam os autores, os espaços de acolhimento, que continuamos a encontrar, edição após edição, o que comprova que a cidade está viva e por descobrir.
De facto, por uma questão, digamos “histórica”, o nosso festival tem um nome francês: importa-nos menos como se pronuncia; importa-nos mais o que se faz.
Debruçando-se sobre a relação entre arte ao vivo e imagem, o TEMPS D’IMAGES é um festival multi-disciplinar que apresenta peças de teatro, performances, diversos espectáculos, instalações, exposições e filmes em vários locais de Lisboa.
Desde a sua primeira edição que tem como principal objectivo apoiar a criação contemporânea e os seus protagonistas, promovendo a aproximação entre artistas, programadores e público, e fomentando a circulação e apresentação de trabalhos de relevo, tanto em locais emblemáticos da cidade como em novos e inusitados espaços.
Direcção
António Câmara Manuel
Direcção Artística
Mariana Brandão
Direcção de Produção
Ana Calheiros
Assistente de Produção
Leonardo Garibaldi
Direcção Técnica
Gi Carvalho
Comunicação
Ana Calheiros
Helena Marteleira
Assessoria de Imprensa
Helena Marteleira
Grafismo e Web Design
ilhas estúdio
Tradução
Luisa Crick
Produção
DUPLACENA/Horta Seca