Conceito e direção artística: Joana Castro
Realização e montagem: Joana Castro e João Catarino
Filmagem e pós-produção: João Catarino
Com: Ana Rita Xavier, André Mendes, Maurícia Barreira Neves e Thamiris Carvalho
Som: Joana Castro e Rafael Maia
Pós-produção de som: Joana Castro
Desenho de luz: Mariana Figueroa
Espaço cénico: Joana Castro
Figurinos: Silvana Ivaldi
Residências artísticas e apoios à criação: Balleteatro, CAMPUS Paulo Cunha e Silva, Devir Capa, Pro.dança, Visões Úteis, Reitoria da Universidade do Porto, Teatro de Ferro, Companhia Instável, Serralves – Museu de Arte Contemporânea e Self-Mistake
Residência de co-produção: O Espaço do Tempo
Co-produção: DuplaCena
Darktraces: on ghosts and spectral dances é um filme realizado por Joana Castro e João Catarino a partir do mais recente projeto coreográfico, com o mesmo título, de Joana Castro, estreado em Maio de 2022 em Serralves, museu de Arte Contemporânea no âmbito do Festival Dias Da Dança do Teatro Municipal do Porto.
“To be haunted by a ghost is to remember something that has never been experienced, to have the memory of what was essentially never present.” - Jacques Derrida
Uma dança na desaparição do seu próprio rastro. Sem pertença. O que foi e já não é materializa-se em corpos que dão lugar às suas múltiplas existências, fantasmas de si, já extintos ou por vir, que tanto pertencem à matéria como à memória, à imaginação e à realidade percepcionada, ao visível e ao oculto. Partilham uma solidão existencial entre a vida e a morte.
Partindo dos seus próprios fantasmas estas performers (des)(re)constroem presenças, (des)multiplicam-se noutros corpos, noutras danças, tendo presente tanto a relação com as suas assombrações, desde memórias experienciais e ancestrais, medos e traumas mais profundos, como com a sua história da dança.
Joana Castro (Porto, 1988) é artista lésbica não-binária e desenvolve os seus projetos entre a dança, a performance e o som, tendo apresentado algumas das suas obras em Portugal, França, Bélgica, Alemanha e Brasil.
Para além de questões como a morte, o luto e rituais de fim atravessarem a sua vida pessoal e invadirem as suas criações, as questões de género são transversais ao seu percurso, numa pesquisa de um corpo que des(re)constrói a sua imagem e opera em estados ENTRE – no limiar das fronteiras do humano, sem género.
João Catarino (Faro, 1991) possui curso de Fotografia e Pós-produção do Atelier de Imagem e Curso de Pintura a Óleo da Nextart, Lisboa (2011) tendo exposto os seus trabalhos no Lx Factory, MOB, Fabrica Features, revista PANTA, Ever Magazine e no Vice com We are Mitra.
Desde 2015 trabalha como fotógrafo e videógrafo, realizando vários videoclipes, vídeos promocionais, projetos documentais, vídeo mapping, registo e edição de vídeos de criações na área da dança, performance, teatro e música.